Em Parintins, Idam coordena reuniões para o ordenamento pesqueiro no município

Objetivo é a criação de um Acordo de Pesca a fim de melhor controlar a pesca predatória

Com o objetivo de controlar a pesca predatória, em busca de um acordo que regule as atividades pesqueiras no município de Parintins (distante 369 quilômetros de Manaus), o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), coordenou duas reuniões no fim de semana, nas localidades do Paraná de Parintins e Lago do Máximo, com representantes de 37 comunidades e diversas entidades com expertise no assunto.

Estiveram presentes representantes do Governo do Amazonas como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Capitania dos Portos, Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Instituto Federal de Tecnologia (Ifam), Sindicato dos Pescadores de Parintins (Sindpesca-Pin), Colônia de Pescadores Artesanais de Parintins (ColpaPin), Secretaria Municipal de Produção Rural (Sempa) e apoio da unidade local do Idam de Parintins.

O Idam, por meio da Gerência de Apoio à Aquicultura e Pesca, passou a desenvolver um estudo que orienta a criação de um Acordo de Pesca, que vai proteger as espécies e ordenar a atividade pesqueira, dando tempo para a recuperação dos estoques naturais. É o que explica a engenheira de pesca do Idam Alcelene Salerno.

“É urgente a necessidade de proteção dos recursos naturais existentes na região, entre eles os peixes. Espécies que eram muito abundantes, como o mapará e o pirarucu, hoje já não são tão fáceis de encontrar. Nem mesmo o defeso permanente do Pirarucu tem protegido essa espécie, por não termos uma área especifica para a pesca manejada no município”, enfatizou.

Nas reuniões, realizadas nos dias 23 e 24 de abril, na Comunidade Nossa Senhora do Rosário do Lago do Máximo e Murituba do Paraná de Parintins, respectivamente, foram debatidos pontos referentes à elaboração do Acordo de Pesca, como o zoneamento e mapeamento das áreas escolhidas para a manutenção, preservação e pesca comercial de cada um dos dois acordos.

“A concretização desses acordos permitirá os trabalhos com as pequenas espécies e a regulamentação do manejo de pirarucu, a exemplo do que ocorre no Médio Solimões (Mamirauá). Vantagens para o município e para o meio ambiente”, garante Alcelene.

Além das diretrizes já abordadas, foram criados os comitês gestores responsáveis por dar prosseguimento na orientação e desenvolvimento das atividades. Os comitês têm a participação das demais entidades parceiras e dos representantes das comunidades envolvidas nos Acordos.

“É importante o envolvimento e participação de todos os comunitários de todas as localidades , para que os Acordos de Pesca atendam às necessidades identificadas e apresentadas por eles, desde a quantidade de peixes a ser pescada , passando pelos apetrechos de pesca (tamanho das malhas, quantidades de panos de rede) e as regras a serem estabelecidas para o ordenamento e controle da pesca na região”, delineou Larissa França, engenheira de Pesca do Idam Central , que também participou das reuniões.

Estão agendadas para os próximos dias 28 de maio e 19 de junho (Comunidade Nossa Senhora da Assunção-Zé Miri), as próximas reuniões, no Paraná de Parintins e no Lago do Máximo, respectivamente, quando serão dados os prosseguimentos para a construção do Acordos.