Idam aplica novas técnicas de combate a sigatoka negra nos bananais de Manaus

A sigatoka negra, doença causada pelo fungo Micosphaerella fijiensis, tem sido a grande preocupação do bananicultor na maioria das regiões produtoras do mundo, pois é, responsável, pela queda da produção e produtividade dos bananais implantados com as cultivares maçã, prata e pacovan (popularmente chamada de banana comprida), levando à redução de até 100% da produção a partir do primeiro ciclo de cultivo. Para o sucesso da atividade, a pesquisa tem apresentado procedimentos técnicos que passam pelo uso de cultivares resistentes obtidas por micropropagação in vitro ou uso de defensivos agrícolas (fungicidas).
No Estado do Amazonas, os resultados de pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Amazônia Ocidental, levaram a redução do número de aplicação de fungicidas para o controle da doença de 52 para 3 a 4 aplicações por ciclo produtivo, permitindo, com isso, manter no mercado e regiões produtoras as cultivares maçã, prata e pacovan, já ausentes e ameaçadas de extinção da mesa do consumidor.
A partir dos resultados provenientes dessas pesquisas, o Governo do Amazonas, por meio do Idam/Unidade Local de Manaus, está difundindo junto ao agricultor familiar do Projeto de Assentamento Tarumã-Mirim, a demonstração da técnica no cultivo de banana maçã. Com a aplicação dessas novas técnicas e metodologias, a expectativa do presidente do Idam, Edimar Vizolli, é que a oferta da banana maçã atinja um crescimento significativo, dinamizando, desta forma, a comercialização do fruto nas feiras e mercados da cidade. A propriedade do agricultor, José Soares Ribeiro, é um exemplo de resultados positivos adquiridos por meio da inserção dessa nova metodologia de controle e combate da sigatoka negra. Localizada no ramal do Pau-rosa, km 21 da BR-174, a propriedade destinada a plantação e cultivo da banana, contou com o acompanhamento da engenheira agrônoma do Idam, Msc. Daniely Medeiros Pessoa, presente em toda implantação da metodologia, compreendendo a seleção e preparo da mudas, plantio, adubação, aplicação de fungicidas e demais tratos culturais exigidos até a colheita.
Os resultados demonstrados são animadores, segundo a engenheira agrônoma. “É notório o controle da doença com a técnica adotada, observado no bom desenvolvimento das plantas, bom enfolhamento e produção satisfatória”, disse. Com a implantação da metodologia e acompanhamento da Unidade Local do Idam/Manaus, a produção já alcança números expressivos de 08 a 12 pencas/cachos de bananas, fato este que, vem motivando o agricultor José Soares a expandir as áreas de plantação.
O Governo do Estado, por meio do Idam e suas Unidades Locais, estão trabalhando juntos para o desenvolvimento do setor primário no Estado. A implantação de práticas que reduzem a incidência de doenças nas plantações é um passo a frente para o fortalecimento da produção agrícola, bem como para o aumento e comercialização de cultivares da terra, produzidos no Estado. A prática do cultivo, mediante a inserção das metodologias e técnicas de prevenção da sigatoka, se constitui em mais uma opção para o agricultor familiar aumentar sua renda, melhorando, desta forma, sua qualidade de vida e a de seus familiares.