Enchente do rio Solimões preocupa agricultores

Com 11 metros e 70 cm acima do nível normal, a enchente deste ano, em Tabatinga, já supera 5,10 m em relação ao mesmo período do ano passado, quando o rio media 6,60 m. A cheia pegou de surpresa centenas de agricultores que moram nas áreas de várzea, e para evitar que eles sofram com grandes prejuízos o governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas – Idam já entrou em ação para evitar grandes perdas, principalmente de mandioca e mamão. Segundo o agricultor, Francisco Barbosa, da comunidade Terezinha IV – margem esquerda do rio Solimões, ninguém esperava uma cheia tão grande nessa época. “Esta enchente veio rápido e pegou todo mundo de surpresa”, disse. A meta do agricultor que era de produzir 12 sacos de farinha, caiu pela metade, tendo, portanto, uma produção de apenas 6 sacos. O motivo, conforme ele, é por conta do tempo, insuficiente para deixar a mandioca engrossar. De acordo com o gerente da Unidade Local do Idam/Tabatinga, Jânio Amorim, a cheia é um fenômeno que ocorre todos os anos, mas nem sempre é considerada grande. Embora o ribeirinho saiba enfrentar como ninguém os percalços por ela trazidos, esse ano, a enchente acabou pegando até mesmo os moradores mais antigos, de surpresa. A previsão, conforme a Superintendência Estadual de Navegação, Portos e Hidrovias – SNPH é que o rio permaneça enchendo até meados do mês de maio. Pelos dados de medição coletados, na última semana, o nível vem subindo 2 cm por dia. Em comunidades mais baixas, falta menos de 50 cm para lavar o terreiro das casas.