Índios Ticunas de Tabatinga aprendem a produzir farinha melhorada

A Unidade Local (Unloc) do Idam/Tabatinga realizou curso sobre “Melhoramento na Fabricação de Farinha” para indígenas da etnia Ticuna, das comunidades Nova Esperança e Belém do Solimões, ambas localizadas na margem esquerda do rio Solimões. O curso ocorreu semana passada e foi ministrado pelo gerente da Unloc, Jânio Amorim e contou com a participação de 33 indígenas entre eles agricultores, mulheres e jovens. O evento foi realizado no sítio das abelhas, pertencente ao agricultor Willian Silva da Costa, localizado na comunidade Nova Esperança. Os agricultores indígenas aprenderam, na prática, todo o processo de fabricação da farinha: lavagem, descascamento, ralação, prensagem, escaldamento e torragem. O objetivo do curso foi aperfeiçoar os agricultores, para que haja um melhoramento do produto oferecido aos consumidores da região. Na ocasião, foram feitos diferentes tipos de farinha. A ideia, agora, é que os indígenas possam multiplicar os conhecimentos. Um dos pontos destacados pela gerência do Idam foi sobre a utilização dos subprodutos da mandioca, que juntos com a farinha possuem grande aceitação no mercado como, pé de moleque, tapioca com banana e tucupi, este por sinal era desperdiçado, por falta de conhecimento. O gerente do Idam explicou que o processo da fabricação da farinha, de forma melhorada,é igual ao que já é feito no Amazonas, exceto em alguns detalhes, que fazem toda a diferença no produto final. Temperatura e pressão do forno, prensagem, peneiramento e, principalmente, o escaldamento são fatores determinantes. O resultado é satisfatório tanto para o agricultor quanto para o consumidor. A expectativa é que, parte da produção de farinha seja vendida diretamente para o município, por meio do Programa Municipal da Merenda Escolar. De acordo com o gerente, a intenção é fazer com que os indígnas tenham mais acesso às políticas públicas, e aos demais programas de incentivo à produção familiar.