Agricultores afetados pela cheia no Amazonas terão acesso a fundo emergencial

A solicitação seguiu orientação do governador Omar Aziz, preocupado com o número de famílias atingidas pelas cheias, que, segundo sua declaração no último dia 6, deverá chegar a 30 mil, nas regiões do Purus e Juruá. Omar Aziz disse que será o número de famílias que o Governo do Estado deve alcançar com o Cartão Amazonas Social, no valor de R$ 400.
Ofundo de emergência corresponde a uma expectativa do Governo do Amazonas quanto aos prejuízos no setor primário do Estado oriundos da enchente.
Aprevisão é que 4.500 produtores amazonenses sofram os efeitos negativos da cheia, porém esse panorama poderá mudar.
Outra proposta discutida com o Ministério da Agricultura prevê cobertura através do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) aos agricultores que tiverem financiamento no Banco da Amazônia ou no Banco do Brasil. O Proagro garante aos pequenos e médios produtores a exoneração de obrigações financeiras relativas à operação de crédito rural de custeio, cujo pagamento seja dificultado pela ocorrência de fenômenos naturais, pragas e doenças que atinjam rebanhos e plantações, na forma estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
O Governo do Estado também está tratando com o Banco do Brasil a criação de um convênio a fim de garantir cobertura aos que não têm empréstimo bancário. Produções afetadas
Um estudo prévio dos escritórios do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) aponta que pelo menos 30% da produção do Estado será afetada pelas cheias dos rios. Plantações de mandioca, milho, feijão, arroz, banana, frutas, malva e criação de animais estão entre as culturas mais afetadas até agora.
A Cooperativa Mista Agropecuária de Produtores Rurais de Manacapuru Ltda. (Coomapem) estima que a perda na produção de juta e malva chegue a 40%. O Amazonas é o principal produtor de fibras do Estado, com produção anual de 12 mil toneladas.