Artesanato indígena ganha força em São Gabriel da Cachoeira

O agricultor José Garcia Pinto, da comunidade Areial – Estrada de Camanaus, Km 20, do município de São Gabriel da Cachoeira (alto rio negro), a exemplo de mais 30 famílias das etnias Baniwa e Curipaco, está tendo a oportunidade de colocar em exposição o trabalho que aprendeu quando ainda era criança: artesanato feito com fibras de arumã. E eles são bem diversificados e convidativos. É que com o apoio da Prefeitura, o governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário de Florestal Sustentável do Amazonas – Idam inaugurou, no início deste mês de outubro, a Sala do Artesanato Indígena. O espaço é o primeiro e vem atraindo turistas, principalmente de outros Estados. Tucum e piaçava também dão formas às obras feitas pelas mãos dos indígenas. Agilidade e criatividade fazem parte do currículo deles. Talentos que resultam na produção da confecção de cestos, porta-pratos, brincos, colares, uma infinidade de objetos, para todos os estilos, idades e capazes de atender quem tem bom gosto. Segundo o gerente do Idam, Tadeu Veloso, o artesanato indígena, tanto de palha, como de barro e madeira, é o carro-chefe do município. "Todotrabalho desenvolvido por mais de 300 famílias, de 10 comunidades, é acompanhado pela Unidade Local. E tudo possui uma forma bem original", disse o gerente, afirmando que uma das maiores preocupações é com relação a preservação do meio ambiente. Com o objetivo de divulgar essas riquezas produzidas em São Gabriel da Cachoeira, o Idam em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (Meta1.39, do convênio No. 72033/2099 – Pacto Federativo), vai produzir um catálogo sobre artesanato indígena do rio negro, previsto ainda para este ano. Além disso, os indígenas também confirmaram presença na Feira da Economia Solidária, que acontecerá no dia 19 de novembro. A expectativa é agregar valor aos produtos oriundos da agricultura familiar. O local será em uma rua central do município.