Comunidades indígenas recebem curso de boas práticas do manejo da castanha

O “Curso de Boas Práticas de Manejo da Castanha do Brasil “desta vez foi realizado no município de Amaturá (a 909 Km de Manaus), no período de 16 a 18 de julho, por iniciativa do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM)”. Os extrativistas capacitados foram das comunidades indígenas de Canimarú, Nova Alegria, Bom Pastor e Nova Itália. Os responsáveis em capacitar os coletores de castanha com as técnicas das “Boas Práticas de Manejo da Castanha do Brasil” foram os extensionistas , Eliandro Ribeiro, e ,Alderfran Trindade Brandão, ambos da Unidade Local do IDAM/Amaturá. O objetivo da ação foi capacitar os extrativistas nas “Boas Práticas de Manejo da Castanha do Brasil”, oferecendo técnicas que possibilitem a qualidade do produto, garantindo também a sustentabilidade da floresta. Dentre as metodologias abordadas durante o curso está o processo de coleta da castanha, quebra (corte) e secagem dos ouriços, armazenamento da castanha, romaneio, transporte e desperdício do produto provocado pelas práticas inadequadas. Para o primeiro cacique da comunidade indígena Nova Itália, Hosana Lucas Inácio, os coletores de castanha do brasil das comunidades indígenas, ainda não tinham recebido orientações técnicas sobre o manejo adequado da castanha. De acordo com dados da Unidade Local do IDAM/Amaturá, em média 100 toneladas de castanha, por ano, são produzidas na Usina de Beneficiamento de Castanha do município em parceria com Associação dos Produtores e Beneficiadores do Município de Amaturá (APROCAM). Já os dados de Produção de castanha, em hectolitro, revelam que no ano de 2011, cerca de 2.425,9 hectolitros de castanhas foram produzidos na região. Sustentabilidade – O trabalho desenvolvido pelo IDAM é focado na sustentabilidade, pois capacita os extrativistas e agricultores a trabalharem de forma racional, ou seja, usufruindo da natureza, mas deixando sempre o necessário para os animais e sua regeneração natural. O objetivo é conscientizá-los sobre a importância de deixar a floresta em pé, através dos inventários não madeireiros, identificando assim o potencial de cada região, bem como a identificação de castanheiras remanescentes, uma vez que, são castanheiras finas que irão produzir os frutos do futuro, garantindo a perpetuação da espécie para as futuras gerações. Programa – O Programa de Desenvolvimento da Cadeia de Valor para os produtos Não-Madeireiros no Estado surge como uma Política Pública de Governo para utilização ordenada dos recursos naturais de forma sustentável, visando garantir a melhoria da qualidade de vida para as Comunidades Tradicionais e Agricultores Familiares, tendo por base procedimentos de apoio às práticas tradicionais já existentes no Amazonas, adaptando-se as metodologias de extensão praticadas pelo IDAM.