Indígenas serão beneficiados com projetos de piscicultura em Benjamin Constant

O governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas – Idam junto com o Projeto "Desenvolvimento Sustentável da Fronteira Amazônica do Brasil” promovido pelo Instituto Sindical pela Cooperação ao Desenvolvimento – ISCOS e a Prefeitura estão construindo, em três comunidades do município de Benjamin Constant, seis tanques escavados para a criação de tambaqui. O objetivo é melhorar a qualidade de vida no meio rural. Os viveiros irão beneficiar 30 famílias de agricultores, a maioria indígena. A previsão é que os tanques sejam inaugurados na primeira quinzena do mês de abril. Os alevinos (filhotes) de tambaqui serão doados pela Associação de Piscicultores, que comanda a Estação de Piscicultura do município, onde são produzidos, mensalmente, 200 mil filhotes.
A primeira despesca deve ocorrer daqui há um ano. E a expectativa é capturar 24 toneladas de tambaqui, em cada viveiro. 70 por cento serão comercializados nos mercados e feiras do municipio. O restante será distribuído entre os próprios comunitários. Com essa atividade, o governo do Estado pretende reduzir a pesca predatória nos lagos e rios da região. Outra preocupação é referente a entressafra do peixe, que no Amazonas ocorre no período da cheia;e o defeso, quando a pesca de determinadas espécies ficam proibidas por conta da reprodução. De acordo a gerente do Idam, Andrea Ribeiro, paralelo a construção dos viveiros, os piscicultores são orientados sobre as normas da Legislação Ambiental do Estado. “Nós queremos que eles fiquem, cada vez mais, cientes de que é necessário respeitar a natureza, evitando a destruição de áreas”, ressaltou ela, afirmando que a criação de peixes tem menos impacto. Conforme a gerente, a criação de peixes em cativeiro (piscicultura) vem sendo considerada alternativa bastante viável para a geração de emprego e renda. O pescado, além de possuir importante fonte de proteína, atende aos anseios da população e gera divisas para os piscicultores e seus familiares. Segundo o coordenador do projeto, Mauricio Veloso, ainda estão previstos para serem construídos mais 20 viveiros. Hoje, a produção de peixe, em Benjamin Constant, é de 180 mil toneladas.